Soneto a um poeta
Hoje jaz minhas atitudes de pateta,
meu condão de prata amordaçado,
as liras minhas que me fez poeta
e o medo de morrer sem ser amado.
Hoje jaz um sonho meu imaginado,
uma paixão antes real hoje secreta,
lembranças de alguém enamorado,
uma vida amargurada e incompleta.
Já se foi o amor que antes destes,
o mal que a mim também fizeste,
junto a tristeza que um dia tive...
O fardo de viver me fez cansado,
morrer não posso assim amargurado,
pois não morre mais quem já não vive
Francisco Ferreira