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LABIRINTO

 
 

Atropelos e ideais insidiosos,
Levaram-me a desterros e desertos,
Ilhas e trilhas.

Muros se fechavam ou bifurcavam-se;
Adiante, multiplicavam-se em novos muros.
Era o círculo vicioso de alamedas estreitas e sombrias.

Crendo caminhar por atalhos,
Vi-me metido nas entranhas de um labirinto,
Recomeçando sempre que imaginava terminar.

Rodeado de certezas, quase sempre incertas,
Tornei-me papel em branco,
Sem linhas, sem tintas, sem textos.

Fui dor e doente,
Abastado e miserável,
Primeiro indicio, depois alvo.

Emparedado, sem horizonte,
Verticalizei ao erguer o olhar,
Até enxergar focos de luz.

Arfando, sôfrego, indeciso e lerdo,
Contornei as próximas esquinas,
Até que dei de cara com a saída.

Estancada, a vida pegou no tranco.
E do final daquilo que seria o fim,
Despontou o início do recomeço.

Daquele foco de luz, surgiram contextos,
Apareceram tintas, letras sobrevieram,
Palavras têm se formado; acenam-se os textos.

 
Autor
WITTEMBERGUE
 
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Enviado por Tópico
Marlene
Publicado: 02/07/2009 03:56  Atualizado: 02/07/2009 03:56
Da casa!
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Mensagens: 260
 Re: LABIRINTO
Olá.
Pelo que percebi neste caso o labirinto é um problema, que a vida nos coloca e que é difícil encontrar a saida.
Gostei desta visao. Boa reflexão