É denso este Sentir tombado,
nas vielas escuras onde vagueio,
a Alma, passa passando pelo meio,
deste Sentir moribundo, abandonado...
e já nem o Tempo passa apressado,
as ânsias morrem de ansiedade,
num sufocar lento, sem vontade,
tudo está inerte, ...parado!
Não há uma única réstea de Sol,
é Noite! Perde-se o Mar sem Farol!
Os Caminhos são pedras aguçadas,
lápides de tristeza caiadas!
As Lágrimas são Nada,
tudo porque a Alma perece, abandonada...
e as Palavras são Memórias esquecidas,
dum Jardim seco, definhado,
afinal, o Tempo está parado,
moribundo, nas minhas mãos enfraquecidas,
vou pousa-lo, junto a este Jardim sem porta,
deste Jardineiro de Alma morta,
por todas as Palavras perdidas!!
Andy