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NAVEGAR-TE

 
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NAVEGAR-TE
 
NAVEGAR-TE

Não te quero, vento, que de mim não esperas
Mais do que tocar-te o afago invisível,
Não te quero sempre, nem sempre te quero,
Sei que navegar-te é rota impossível...

Não te quero, mar, que te sei inquieto,
Em vaivém de vagas, nascidas do vento,
Não me quero alar, porque o abismo é certo
E a queda iminente, no vulcão que aquento.

Quero-te só verbo, em condicional tempo,
Naufrágio dum beijo, na praia esquecido
E um nó eterno no peito partido...

Quero-te só espuma de vaga desfeita
Entre as minhas mãos, a perder afeitas
O cabo da esperança e descobrimento...


Teresa Teixeira


 
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Sterea
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Enviado por Tópico
Vergílio
Publicado: 30/06/2009 16:57  Atualizado: 30/06/2009 16:57
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Usuário desde: 22/03/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 786
 Re: NAVEGAR-TE
Lindas metáforas.
Querer o verbo é quase querer a essência.
Beijo

Enviado por Tópico
Henricabilio
Publicado: 03/07/2009 13:39  Atualizado: 03/07/2009 13:39
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Usuário desde: 02/04/2009
Localidade: Caldas da Rainha - Portugal
Mensagens: 6963
 Re: NAVEGAR-TE
O sonho não se cansa;
passado o cabo das Tormentas
nasce a Boa Esperança
com que a alma alimentas.

Um abraço0o!
Ab!lio