Não sei como cozer a primeira letra
nem desfiar a última meu tecido de nuvens
urde pregos em meus olhos
não te encontro em lugar algum
As sombras escrevem pelo avesso
as borboletas singram suas metáforas
suas águas de manhãs frias e gris
A minha retina decompõe a palheta
já se desmancham os fios das minhas letras
e o grão e o pão cheiram a mofo
Em mil e um dardos essas pedras de sal esculpem-me.
Quão bela é essa tua estrada meu Lot!
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