Ó rouxinol que entoa tristonha melodia!
Teu canto é dor!
É melancolia!
É a saudade que ela deixou!
E cantas!...E em melancólicos gorjeios,
Emergem as incertezas...
E eu, perdidos em devaneios,
Vou imerso nas tristezas!
E muito sofro por não tê-la junto a mim!
E passam as horas, tão caladas!
E passam, assim, num frenesi,
Em canções que me são tão fadadas!
Ó rouxinol, que entoa tão suave canto!
Traz-me aquela que muito amei!
Traz-me a esperança, o encanto,
Daquela com quem tanto sonhei!
E gorjeias!...E é tão triste o teu gorjear!
E gorjeias, em noites adentro!
E teu gorjeio é todo o ciciar,
Que sopra, assim, desses ventos!
E padeço na dor que ela tanto deixou...
E vou-me num todo, sofrido...
E sofrido, rouxinol que cantou!
Cantou em mim tão dorido...
(® tanatus – 26/06/2009)