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Podem bem ser as últimas palavras...
- Que mais importa?
Agora que me sinto no inferno
da atormentada essência
dum viver sem sentido,
agora que o gelo dissolveu
o que sentenciava calor eterno
para esta vivência
onde agora estou perdido...
E não mais encontro a porta
Porta das visões por observar
na forma do rosto amado
(já com privança a pecado
por não mais poder amar...)
Que mais importa?
Agora que a vida jaz morta
junto a mim permanece
a tulipa que faltou dar,
enquanto lá longe se tece
novo modelo de amar.
Nada mais importa...
O sonho morreu
- meu coração arrefece.
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"A ausência só é efectiva quando a presença nos é, ou foi, indiferente" (Ajota)