Estava eu tão sossegada Sem ter vontade de nada Nem escrever me apetecia Quem diria Mas como ia dizendo Estava eu anafadinha No meu cantinho Lembrei-me de ir passear Mas onde haverei de ir Ao Luso Está-se mesmo a ver E ao fórum fui cair
E lá fui pé ante pé Não queria ser reconhecida Não estava para pagar o lanche Ainda se fosse um cafezito Mas esta gente é exigente E acompanhar o café Vem logo o pastel de nata A seguir uma queijada E no fim uma torrada Ora com esta crise Não queriam mais nada
Vesti o meu fato De maldizer A primeira porta Onde fui bater Trouxe-me de volta A vontade de escrever A alguns quero agradecer Principalmente a quem Leva os recados para casa Pode ser simples chalaça Mas tem sempre gente Que se acha visada Mas que coisa mais sem graça Não seria melhor Dar uma boa gargalhada Ou pegar na caneta E escrever de volta Aquela ferroada
Pensem nisso Deixem a sensibilidade Para os poemas de amor Ou para os de dor
Ou seja lá para o que for Agora para as chalaças Riam, riam, E vão ver que até tem graça.
Diz lá se não foi transmissão de pensamentos escrever para rir no dia de S. João. Viemos os dois ao Luso, tu inspiraste-te nos Fórum, eu nos Poetas. Quem haveria de dizer que o JLL hoje estava para a risota. Colega nunca ninguém vai entender os criadores, os Poetas todo mundo compreende.