Coração idolatrado perde toda razão.
Como campo minado não sabe o que paixão.
Caminha errante sem nem uma direção.
A beira do abismo se perde na solidão.
Na alvorada se entristece e sua vida perece.
Coração idolatrado não percebe que é amado.
Vagueia no escuro sempre com o espírito aramado:
Para se defender do amor que esta ao seu lado.
Coração idolatrado caminha calado.
Em volto a vaidade desperta a maldade.
No espelho que se admira seu ego alimenta.
È o vazio que não quer ver a sua carne apodrecer.
Imponente, orgulhoso de seu próprio ser:
Caminha para o abismo sem perceber,
Que de tanta imponência esta preste a perecer.
Há coração idolatrado mesmo sempre aramado,
Nem uma guerra vai vencer!
É um soldado exilado que sua terra nunca
Mais vai ver.