(PELO AMOR TE CHAMO A MIM... NAN)
Nuvens fragmentadas, ainda dão a entender,
restos de uma claridade, de mais um dia passado,
fazendo nascer, aos poucos, um belo pôr de sol.
O azul das nuvens, mostra-se, cada vez mais,
da cor do mar, em suas águas tranquilas, com
pequenas ondas, beijando as areias da praia.
Nisto, um último resistente, deixando-se, para trás,
tendo, para sua contemplação, o espírito vivo,
da própria natureza, banha-se, alheio a tudo e a todos.
Um pouco mais adiante e a uma certa distância, do mar,
rochas formam uma divisória, um espelho de água,
retendo aí um lago, para que as crianças, possam brincar.
A rocha é de puro granito, cinzento-escuro, que agora
se veste de um negro, não sei se azul-escuro, à medida,
que, a pouca luz, a remete, para a escuridão, total.
Mais acima, depois do pequeno lago, ainda se pode ver,
na areia molhada, rastos de pequenos animais marinhos,
e, um último ponto de luz amarela, identificado, pelo sol.
Até que, finalmente, entre vermelhos e amarelos, o sol
se põe, caindo a noite cerrada, por sobre a paisagem,
deixando-nos, somente, um conjunto, de ruídos, conhecidos.
Fresca se mostra a noite, junto ao mar, com sua brisa,
marítima. Enquanto ao longe, se ouvem as ondas rebentarem,
seguindo-se um silêncio, inspirador, para qualquer poeta.
Jorge Humberto
20/06/06