Poemas : 

12. (de memórias dos sentidos)

 
Quero ruas
largas avenidas e praças
com bancos duros onde me possa
sentar
Bancos de madeira rija
como a vida que me foi adversa
bancos de silêncio e sombra
para descansar

Quero a exactidão das coisas
que muito pouca gente
tem
Quero a bebedeira das palavras
sempre inteiras
com que dou vida aos versos
Quero amizades puras
e verdadeiras

Prefiro a noite mesmo que seja
negra como breu
mas dum negro puro e a pura água
que nasce na montanha
Quero um peito que sangre
de verdade e exactidão
tal como eu
Quero um peito que vibre tudo
tanto quanto eu

__________
de Fernando AAlmeida Reis


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AlvaroGiesta
 
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Enviado por Tópico
Antónia Ruivo
Publicado: 20/06/2009 16:21  Atualizado: 20/06/2009 16:21
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 Re: Poema 12
Se isso tudo existisse a vida era perfeita, beijinhos

Enviado por Tópico
RoqueSilveira
Publicado: 20/06/2009 16:25  Atualizado: 20/06/2009 16:25
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 Re: Poema 12
Também quero...Abraço