Qual é a coisa, qual é,
Que antes de existir já cessou,
Antes de morrer já existiu
E vive nas almas materializadoras?
Qual é a coisa, qual é ela,
Que se concretizou em nada,
Em palavras desaparecidas,
Em aparições divinas de vazio?
Qual foi a coisa, qual foi ela,
Que de tão linda que foi chorou,
Que de tão curta que foi se eternizou,
Que de tão enigmática que foi se disfarçou?
Qual a importância, qual é ela,
Para o Cosmos infinito e lilás,
Deste enigma com solução?
Quantos rituais se farão,
Quantas rezas se rezarão,
Quantos desesperos por causa
Deste enigma com solução?
Divulgue-se o enigma
Que deixou o Cosmos
Com os pés fora da cama...
Virá o equilíbrio pesado,
Na palavra do mensageiro
Sem voz, e escrita curiosa.