O verbo mais azul
Conjuga-me
Diz-me de todas as tuas formas
Diz-me de ontem
Diz-me de hoje
Dizendo-me num só olhar
Este tudo querer amanhã
Este tempo de Imperatriz
Letra e carne de deusa pagã
A minha, que diz
Dizendo por este corpo
Onde te ouço
O verbo mais azul
Apoderando céu num pestanejar
O verbo que aguardo por te dizer
Esse que me escreve
Num sopro mágico
Eterno teu
«Antes teor que teorema, vê lá se além de poeta és tu poema»
Agostinho da Silva