Tocam os sinos, onde estás amor? Espero-te à porta com o vestido branco tecendo o raiar do sol, na mão a rosa branca suada pelo nervosismo que o meu coração carrega, bem dentro de mim o amor a escorrer-me do coração para os olhos, dos olhos para as pedras do adro da igreja, do adro da igreja para a avenida, da avenida para a aldeia, da aldeia para o mundo...
Onde estás amor, o véu já está quente pelo sol que me ilumina a espera, a maquiagem já se gastou com a falta, as palavras de amor que te queria dizer quebraram-se com as saudades...
Porque não chegas?
Doem-me os pés, estes sapatos são apertados, caminham lentas pelo céu umas nuvens escuras, se demorares muito talvez chova... tarde de mais, já chove amor, já chove sobre mim e dentro de mim.
Onde estás?
. façam de conta que eu não estive cá .
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