Acaso o acaso exista? De certa forma, mas com outra forma, quer dizer, o acaso não é nada casual, não é que seja de propósito assim proposital, o acaso é um por acaso meio que tinha que ser, uma coisa não premeditada e que tem uma coisa determinante. Determinante é muito forte, o acaso não é imediato, é um desenrolar, não que estivesse escrito nas estrelas, é um pouco menos óbvio e mais complicado, o acaso é um enlaçar desenrolar de coisas unidas por um mesmo sentido meio obscuro que por assim ser apenas se torna meio claro no final ou num aproximar de uma idéia que aparentemente nos surpreende ter assim “surgido” do nada.
Também o nada não mais existe tudo é meio que vem de um ligar por uma razão, e não estamos a dogmatizar as coisas com metáforas religiosas, mas sim é meio religião no sentido de religar, de nos ligar, de nos unir.
Tem que seguir uma linha e o interessante é que ela não é reta, pode ser uma espiral, voltar e se alinhar resgatar e partir de novo e ahhhhhh sentir um ahhhhhhh, e seguir, ter a sensação do ir em frente, mesmo não tendo frente, quer dizer, um final em mente, tem que ter uma certa aflição calorosa, um sentir do porvir que tinha que ser, ser porque? Não se sabe, isso é fundamental, isso não é fé, isso é pressentir, não é cegueira de seguir rumos traçados é clarividência de seguir vislumbrando uma luz difusa...
Katia