Minha vida… árvore sem folhas,
De teias seculares
Que parecem tão belas,
De raízes invulgares
Que vagueiam na terra sem fim,
Numa colossal incerteza
Que sai de dentro de mim
Com um ar de surpresa.
Música delicada que não acabava,
Notas avulsas, desacordadas
O desejo de as ouvir que imperava,
Formas mágicas inventadas
Que me adormecem os ouvidos
Sangram lágrimas no fio das espadas,
Lentas, sem sentidos,
Guardadas na lembrança, recordadas.
Labirintos infindáveis
Que percorrem futuros
Passados únicos, inigualáveis
Pouco seguros.
Cruz da minha vida
Que sustenta o dilema
Posto por uma pergunta esquecida
Entre rimas de um doce poema.
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma