Há algum tempo atrás havia um programa de literatura na TPA (Leituras), em que o apresentador foi o escritor Luís Kandjimbo um dos senhores da nossa literatura, um programa bom e incentivador, embora para alguns não ser tão simpático, porém há quem sente a falta de algo parecido, e quem sabe se continuasse, o programa não iria conquistar a simpatia de muitos. Alguém estaria a dizer: tem havido blocos em certos programas televisivos que trata do assunto ou há espaços em jornais que do mesmo modo abordam o tema. Bem, que há, há, no entanto perduram-me as questões. Será isso o suficiente? Onde estava o tal chamado grande incentivo? Onde mora a vontade de caçar talentos? Será que se ressume a nestes breves tempos?
A literatura é uma fonte de transmissão das culturas, da vida de um povo, da vivência de um imperador e é nela que o legado dos que já não vivem e os que ainda vivem se translada, sabem também os mestres da literatura que o aprimoramento de um sonho e o crescer de uma nação não só parte pela vontade do ego sobretudo pelo gosto pela leitura e pela escrita. Hoje nos canais televisivos existem programas dedicado ao Kuduro, Rap, porque têm sido aventureiros os Kuduristas e os Reapers na divulgação das suas criações, e, acabam por vender mais dos seus trabalhos num encontro de paixões onde bebem todos do mesma prazer, ai uma das razão que alicia os mais novos a terem grande afecto aos Kuduristas e Rappers.
Ate porque um criador de sonhos não deve somente esperar falar da vontade que tem em entregar a sua expiração quando o convidam para falar, mais sim ser aventureiro na divulgação, não só da sua obra mas sim da arte em si, sobretudo quanto se trata da intenção em responsabilizar um legado a geração mais fresca, porque essa jamais lhe deixará defunto no tempo, tanto é que só assim é que somos referenciados.
Assim como expira da alma esta lama de desgosto, assim espero que vós, mestres da arte de transmitir, façam-nos beber do vosso saber. Há sim no meio dessa mocidade vista como desapaixonada em aprender, vontade em aprender.
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Re: O legado (crónicas)
