Abriga em ti
vozes que cantam
feito almas afiadas
laminas de canivetes
dobradas no corpo
próximo do instinto
desordenado vestuário
como capas de chuvas
que ninguém mais veste
berram ardidas
no coração confuso
almas longínquas
dentro do silêncio
o vento as movem
correm no vazio
vejo suas caretas
nesta roupa gasta
de febre e pele.
s b sousa