Hoje conversei contigo, junto à lareira dos desejos, Falei-te demoradamente, dos meus anseios, dos meus medos, De um país adormecido, tão parco de sentidos. Contei-te as diabruras de uma menina magricela, Que via a vida límpida e singela, tal qual a flor amarela, que adorna o campo sul, Onde enterro os desejos. Falei-te dos grilos ralos, que teimam em musicar as minhas noites, acabei por dizer, O que deveria esconder, talvez esconder, por bem parecer, Falei-te da solidão, de quem vive em contra mão, dos desejos, que carrego no coração, Sim, falei-te da solidão, a minha maior aflição, Escutas-te em silêncio, o brilho no canto do olho, dizia-me que sim, entendias, Compreendias cada palavra, para todas guardavas resposta suave, como aquela claridade Que entra pela janela, meia aberta meia fechada, Deixa entrar a aragem, e diz-me, Que acredite, que converso contigo, demoradamente, Junto à lareira dos desejos, aqueles que procuro esconder, Talvez um dia tenha esta conversa. No dia em que o céu e a terra se unam, em força poderosa, e me tragam, a tua alma em forma de rosa, Vermelha, rubra de emoções, de desejos aflições, de quem viveu solidões. E agora… Conversam dois corações.
Antónia Ruivo
Era tão fácil a poesia evoluir, era deixa-la solta pelas valetas onde os cantoneiros a pudessem podar, sachar, dilacerar, sem que o poeta ficasse susceptibilizado.
Duas caras da mesma moeda:
Poetamaldito e seu apêndice ´´Zulmira´´ Julia_Soares u...
Uma conversa de peito aberto, para namorados apaixonados. Amanhã aqui no Brasil é o dia dos namorados. O poema veste como uma luva de pelica, perfeita para aquecer o dia. um beijo e afeto Antónia. Silveira
Obrigado, não sabia que o dia dos namorados no Brasil era só agora, por aqui já foi, e eu ando desde essa altura à cata do namorado, rssssss, mas sumiu, beijinhos