quem me dera
ter tempo para ouvir quem me diz "espera"
quem me dera
voltar atras no tempo e limpar a merda
que fizera...pudera..
quem dera que tivesse
menos messed da cabeça na promessa mais sincera
nao tolero a
minima existencia de influencia,
seja ela
material, mental ou espiritual
nao tenho trela..
sou lobo solitario nesta selva
o meu corpo é a minha cela, o meu rosto é a sua janela
vejo a estrela,
o sol às linhas rectas, paralelas
num papel a
escrita é a minha reza à alma dela
calma, fella,
nem tudo é negro e a luz ainda revela
uma ruela,
estreita mas direita a uma parcela
duma tela de alegria, sigo a via com cautela
uma melomania de empatia com uma "Vela"
ilusivo objectivo, motivo instintivo
quem me dera ser altivo sem o frio que me congela
quem me dera...
olhar o céu de cima, ver o vento, ter o tempo
necessário para ouvir quem me diz pa esperar um momento
sonhar com tudo o que vivo ou viver tudo o que sonho
mas é tudo relativo e tudo faz parte do mesmo instrumento
sao sons da mesma nota em diferentes vibraçoes
reacçoes ao perfume da rosa dos ventos que sopra em oito direcçoes
e é assim que parto pa questões, criando barreiras que salto depois
de fazer da incerteza uma presa que caço e devoro de ontem pa hoje
sim...afirmo os receios que querem ser parte de mim
mostro ao medo o dedo do meio, gesto que mostra que nao tou afim
e assim supero o aperto que prende a voz entre pontos
de interrogação e a purgaçao mete reticencias no fim
da frase, da fase, de mais uma palavra chave
que destranca a fechadura da porta da jaula quando ela n abre
solto a fera que se enterra debaixo de quilos de carne, osso e pele
quando a tinta todo o peso expele a partir da ponta do sabre
rK.