O vento açoita meu rosto!
Pálida face de morto...
Esquelético espectro sem rumo...
Minhas mãos, outrora viçosas,
Hoje são flâmulas preguiçosas!
Raquíticas rugas sem prumo...
As noites frias de dezembro,
Esconde - de todos - o tormento!
A paz que tanto procuro...
Não quero mais viver escondendo,
A dor que trago aqui dentro,
Do peito!...Os lúgubres sussurros!
Prefiro morrer aqui, onde estou,
A viver do resto do amor!
Da tua mais vil ilusão!
Levaste contigo meu adeus!
Minha vida!...Os sonhos meus!
Deixaste comigo a solidão...
Já não quero mais viver!
Prefiro deixar-me morrer!
Esquecer que um dia te amei!
Quem sabe talvez a tristeza,
Da morte, traga a certeza!
Aos teus braços jamais tornarei!
(® tanatus – 18/02/1997)