O TAMBOR DE MINA é uma dança brasileira. Tem a sua manifestação mais atuante no estado do Maranhão, Nordeste do Brasil. Surgiu com as características atuais no vale do Rio Itapecuru e na Baixada Maranhense, onde se localiza a capital, São Luís. Foi introduzida naquela região pelos últimos elementos importados da África para prestar serviços como escravos nas colheitas de algodão da Amazônia. Tais elementos eram originários da região conhecida como Mina, localizada no Golfo da Guiné, que atualmente compreendem os países de Gana, Togo e Benin. Os negros que introduziram o TAMBOR DE MINA no Brasil eram de origem nagô e jeje. O nome "tambor de Mina" foi dado pelo motivo de o instrumento de percussão ser diferenciado dos demais e por ter sido inventado em Mina.
A dança do TAMBOR DE MINA foi concebida nos cultos e rituais de umbanda, candomblé e xangô, tendo nuances muito marcantes do batuque e do jarê. Os dançantes rodopiam ao som do grande tambor, ora numa cadência sequenciada, ora em sentido anti-horário ou num descampasso confuso e inexplicável, uma espécie de transe que é demarcada pelos orixás a que prestam reverência. O executante da dança dá volteios em torno de si mesmo, executando uma interessante coreografia, recebe uma toalha branca e a amarra em volta da cintura. A dança, por esses detalhes, é mais um ritual religioso do que um simples folguedo.
Os executantes do TAMBOR DE MINA, em sua grande maioria, são elementos femininos. Fala-se, portanto, na existência de um matriarcado histórico na tradição que remonta as origens da dança.
Há, entretanto, duas modalidades distintas do TAMBOR DE MINA: o Jeje e o Nagô. A dança é executada durante outros festejos como a Festa do Divino, Bumba-meu-boi e Tambor de Crioula, todos no Maranhão.
JOEL DE SÁ
09/06/2009.
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