Chegado o entardecer, trazendo como sempre,
atrás de si, uma bela lua, toda ela branca, que
nas águas do lago se espelha, e, pousa suas mãos,
nas árvores mais próximas, dormem as flores,
largando seus cheiros, que mais lembram jardins,
em toda a imensidão, de cores e de infinita beleza.
E na casa de pedra, com seu telhado e varandim,
revestidos de colmo e de alguma madeira, fogueia
uma lareira, e, a chaminé, também ela, de pedra,
bruxuleia no ar, os excessos do fumo, enquanto,
uma janela se acende lá dentro, aconchegando e
dando vida, a quem, no seu interior, ali fez seu lar.
Neste lugar afrodisíaco, um pouco à distância, da
luz da lua, se socorrendo, uma cascata, mostra-se,
em todo o seu encanto, e tudo parece, tão perto,
entre a natureza e a casa, que se diria um quadro.
No céu rareando ainda perdura uma réstia de azul,
e, nesta cabana, que escolhemos, para acolher, o
nosso destino, sentados, de frente, para as águas,
do límpido lago, mil promessas de amor, fizemos.
Jorge Humberto
08/06/09