na cabeça a rocha. um corpo na paisagem.
e de um ínfimo desenho tudo é lendas
provocativas, enorme amor pelas
coisas. por ti. pela noite.
entre as janelas do sol, a luz tocada
pelos teus azuis olhos.
e o desenho não é grande o suficiente.
um de nós dois senta-se
com a cabeça inclinada. vejo um sorriso
deitado, marcado na minha alma; a luz
torneia os teus ombros e apareces
como a mais nua das mulheres.
eriço tamanhas espadas
deitando-me eu no teu sorriso.
és a artéria da minha voz
quando uma palavra eu escrevo. como
ilhas tecidas por entre os dedos, a
amálgama da paixão inclina-se
pela face. e em cada seio teu
escrevo o rumo das pedras pelo
rio.