Não sei o que está a acontecer
Mas cada vez aumenta mais a dor
Tenho medo de te perder
Tenho receio de não conseguir
Alcançar aquilo por que mais lutei.
Sinto-me um falhado
Desisti de lutar.
Sabia que me ia magoar
Mas pensei,
Repensei
E aceitei
Que poderia ao menos tentar
Mesmo que me fosse queimar.
Mas para quê?
O resultado foi o que mais temia
A dor a voltar, e eu neste corredor
Com a falta do teu calor,
Com a saudade de um beijo teu
De sentir a tua pele macia
E de te segredar ao ouvido “adoro-te”.
Recordações…
Recordações e nada mais…
Boas, más, alegres, tristes…
Que fazem rir, chorar, chorar a rir…
Não sei…
Mas eu irei recordar
Todos aqueles momentos em que sorri
Todos aqueles em que chorei
Pois tudo deixou marca…
Ficou a cicatriz que não irá desaparecer
Mesmo que tudo tente
É tarde…
Muito tarde…
Já esperava este final
Lutei, lutei e lutei
“Fiz das tripas coração”
Quando já nada tinha solução
Nunca te deixei
Sempre te perdoei
Por mais magoado que pudesse estar
E para quê?
Não ligaste a nada do que disse
E agora?
Depois de tudo só nos resta uma amizade
Quando podíamos ter-nos.
Mas sem ressentimentos
Assim era...
Assim foi…
Assim será…
E se não tivesse sido?
Não sei responder….
Resta apenas isto: Foi bom!
Até mais, minha amada…
«O amor é forte como a morte e duro como o Inferno.»