Os escritos cravados na carne
São tatuagens indeléveis
Amor e ódio tão férteis
Não saram a ferida que arde
Sou eu, o regente cobarde
Ostento os falos erécteis
São aves, rastejam, são répteis
Na alvorada contemplo a Tarde
Sou aquele que ninguém quer ser
Sou a calma tempestade
Quero ver Roma a arder
Qual Nero em sobriedade
Sarem-me a dor ao padecer
Sou Primaz: A Cristandade
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
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João Filipe Pimentel