- Leva-me para o teu tempo bom
pelos guetos da tua cabeça
onde não se sente dor
- leva-me pelos velhos jardins
- escondidas cicatrizes em brancas nuvens
distendem ao céu volumes de saudade
porque tudo não pode ser intemporal?
perdi o delírio na pressa
decaptei minha vontade...
- porque o meteoro traçou o mapa da queda
nao te quero tão fórmico!!!
em anos de foices nos meus calos
nao estou sobre os crânios, jamais...
- quero-te propício a delicadezas, amor
enquanto acedende a luz da Lótus
sem rituais pré-determinados...
assim como estás fazendo, a natureza nao cava o gozo
- seria sacrilégio te torturar com toalhas molhadas?!
mas adoraria ouvir-te gritar verde
enquanto tua pulsação seria a penitência vermelha
nos actos da tua carne.... ah! mas amo-te, mesmo que te faças maldades vazias... vira mato, andas!
para que eu te mate em solitárias sensações e amiude
e morda tua língua de histórias por nao me deixar falar...