Quando te pões absoluta aos meus pés
O que é que entra nos olhos, o que é que adormece e o que é que desperta. Há muito tempo havia uma lua mais brilhante que as outras luas, tu tinhas a mão sobre um corpo adormecido e o poema era uma estrela a flutuar na água desse corpo pássaro vagabundo e pobre.
O que é que entra nos olhos, o que é que adormece e o que é que desperta. Depois da morte ainda se pode voar, ainda a terra tem o fogo e os lábios o beijo guardado para os guerreiros. O que é que entra nos olhos, o que é que tu respiras quando me amas, quando te pões absoluta aos meus pés.
Lobo 06