A Aranha e o Zangão
Jorge Linhaça
Nos fios da teia de seda tecida
O pobre zangão foi aprisionado
Veio a aranha suave e atrevida
Lançar-lhe olhares bem edulcorados
Dizia de cá : Tu és meu amor!
De lá, o zangão, tentava fugir,
Às garras frias do seu captor
E dona aranha ficava a sorrir
Teias da vida ...sedas da paixão
Doce armadilha repleta de dor
Gruda no corpo e suga a razão
Une a presa e o seu raptor
Se amadurece transmuta-se e então
Torna-se doce a teia do amor.
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Arandu, 1 de junho de 2009