Naquela rocha, no meio do mar,
é lá que guardo, junto com as gaivotas,
meus pensamentos, mais secretos,
entre o vai e vem, das ondas,
sempre inquietas, bramindo seu clamor.
Como crinas, de imensos cavalos,
algumas das ondas, irrompem, de encontro,
à rocha, que se ergue firme, nas águas,
fazendo com que, as gaivotas, se dispersem,
para logo poisar, entre as algas, do penedo.
E entre o sossego, de uma beira-mar,
sento-me a observar, ao longe, a rocha,
qual ponto distante, a meus olhos,
enquanto, todo o tipo, de coisas marinhas,
se misturam, com as areias da praia.
E, pegando, num grande búzio, ali por
perto, consigo escutar, o bater, de dois
corações, e, o rumor, do mar, encrespado.
Jorge Humberto
31/05/09