Se em tempos ancestrais foi construída a ponte
Sobre o rio, doce, pacato, o Sor
Que me lava as mágoas do amor
E que me refresca a morena fronte
Bebo as águas de uma fonte
Que me inunda o ego de ardor
Que me cura, que sara a dor
Perscruto a paz no horizonte
Teço as teias de ternura
De um leito que nos envolve
Amo a dócil amargura
Da teia que nos acolhe
Bela mulher, que formosura
Que o meu parco corpo colhe
João Pimentel Ferreira
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Domine, scribens me libero
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João Filipe Pimentel