Em minutos, descobrimos e apontamos os defeitos dos outros, no entanto, passamos a vida toda em admitirmos nossos próprios erros para corrigí-los.
Em minutos, encontramos ou fazemos planos para reformar o mundo, no entanto, não conseguimos meios e tempo de transformar a nós mesmos.
Em minutos, analisamos e julgamos nosso semelhante, negando-lhes ajuda por imaginarmos que eles deveriam ser e agir como nós.
Em minutos, observamos, julgamos e condenamos, baseados apenas em nossos conceitos e valores, no entanto, nos ofendemos quando alguém fala ou aponta nossos erros.
Em minutos, viajamos através do nosso pensamento às maiores distâncias, mas às vezes deixamos de dispensar alguns segundos de atenção ao semelhante que nos interpela.
Afinal o que somos nós, além pscólogos, juizes, deuses ou reformadores do mundo, se ante o espelho que nos mostra as rugas, tentamos cobrí-las ou escondê-las com artifícios da mentira?
Mas, deve chegar à hora e um momento de reflexão, onde não vejamos apenas os defeitos alheios, porém, também possamos ter a coragem de encarar e admitir as nossas próprias falhas.
Assim prosseguimos rumo a um destino que escolhemos, mesmo que dele não lembremos, pois esse destino passa a ser aquilo que não desejamos, por fazer parte de compromissos, e, destes, sempre tentamos nos afastar.
Somos realmente estranhos....
30-05-09-VEM