Imponente mar revolto
que com tuas águas salgadas
teimas em ruir as muralhas de quem já nada tem,
de onde o vazio ecoa e ensurdece quem ousa lá entrar.
Insustentável madrugada que te deleitas
num prazeroso degustar
de todas as mutilações deste coração
a que tu desumanamente as impuseste.
Lamentável tristeza de meu ser
que nada mais lhe resta do que a resignação
a este desmesurado fado
que o destino a mim quis que pertencesse…