Penas que carrego no coração
Só eu as entendo, só eu as transporto
Pesadas como chumbo, minha solidão
Habituei-me a elas, já não me importo
Sou apenas maldito, comigo só
Vagueio sem rumo ou passaporte
Pari os meus versos por entre o pó
Não tenham pena, não chorem a sorte
A sorte que me embalou ao nascer
Dotou-me com as palavras fáceis
Palavra de que me sirvo a belo prazer
Sei que sou difícil de entender
Pouco importa, sou aquilo que sou
Poeta louco, que se perde ao escrever
Poetamaldito
Transeunte na miragem