O cara desconhecido começa a tocar o violão, nunca tinha visto ele antes, mas parecia gente boa.
E o som invade a casa inteira e depois a alma e o coração. Som que não tem fim, como os outros falam som pra mais de mil.
E eu, eu queria uma praia, um sol, e quem sabe até um narguile pra acompanhar, assim o vento ia ajudar, e o tempo não ia mais atrapalhar!
Queria certa distância de tudo já vivido somente a procura do diferente, o novo que está por vir, deixaria o som me levar com as ondas a sacudir a beira mar, os pés fincados na terra fria com a companhia do meu amor. Os raios de sol do amanhecer encobrindo a noite de lua cheia instigariam os desejos e assim rolaríamos cheios de paixão diante aquela bela visão, mas toda aquela imensidão de beleza jamais se tornaria completo e perfeito se não houvesse sua presença do meu lado, pois o que seria da vida boa sem a minha alegria?!
E o mar me leva pra longe, e tira minhas incertezas, tão certas como o som do violão, só me pergunto onde estou?
mas não tenho pressa de voltar, afinal, a incerteza está a minha espera, mas mesmo assim eu quero essa certa incerteza!
Autores: Regiane Peroso [Azul] e João Vitor [Verde]
RegianePeroso