Ainda lembro,
Do pôr-do-sol!
Dos fins de tarde!
Da vívida claridade,
Que refulgia,
No seu olhar suave...
E era tão linda!
E era tão meiga!
E sem saber-se amada,
A minha tristeza,
Consigo guardava...
E quando a chamava,
Não me ouvia!
E não percebia,
No enlevado bailar,
Os suaves respingos,
Que muito queriam,
Seus lábios tocar...
E quando tão minha,
Brincava sozinha,
Na margem do cais!
Sorrindo corria,
Até eu não ver mais!
E ao vê-la partir,
Como finda à tarde!
Em todo, o meu amor,
Ficou na saudade,
Que para trás deixou!
E enquanto seguia,
No mar agitado,
Em tudo - fantasias!
Eu era apenas,
Um rio apaixonado,
Que lentamente fluía...
(® tanatus - 17/03/1997)