Olá mano hoje para variar não vou rimar
estou com alma de poeta Vou deixar de ser pateta
rimar tem que se lhe diga mas não é grande fadiga
fadiga é ser poeta mas tem que se estar inspirado na hora certa
eu de poeta não tenho nada Estou sempre inspirado na hora errada
mas hoje levantei-me cedo e vou-te escrever um poema a meter-te medo
mas tu és fouto e já de pequenino subias ao choupo
que havia ao pé do nosso moinho quando eu e tu procurava-mos o ninho
para apanhar o passarinho
enquanto o pai moìa o centeio para nos fazer bem
mas hás vezes para nós tambem era duro quando deixava-mos fugir o burro
os anos passaram e hoje naquela terra já nem o nosso burro berra
tenho saudades daquela nossa alegria e até me vem a lágrima ao olho
quando a vejo em fotografia e quase me atrevo a dizer
que nela me apetece morrer
eu sei que tu me entendes e não me repreendes
já eras o meu irmão zé
ainda não te tinhas em pé...
a beleza é supérflua,
a verdadeira, os olhos não a vêm!