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À Sombra da Eternidade

 
Um vento suave,
Sopra sobre a fria terra,
Que encobre,
Os restos, do muito que foi teu...

Sobre o silêncio da tua sepultura,
Flores eternas,
Vão-se todas desfolhadas!
E desalentas!...E mortas como eu...

E aquela dor!...Aquela tristeza,
Que vi nos olhos teus!
Zombam na eternidade,
Da catacumba, os sonhos meus!

E perdidos, os sonhos passados,
Nos meus sonhos se vão!
E assim, vão-se todos enterrados,
No sepulcro desses fados,
Que me tem por solidão!

E sempre, e mais, e tanto!
No desvario dos sonhos meus,
Eu vejo passar o encanto,
Que passou nos sonhos teus!

E passam muito chamando!
E chamando em noites sem fim,
Vão-se todos zombando!
Zombando de mim!

E passam sombrios e tristonhos!
E num tão desvairado frenesi,
Riem como loucos dos sonhos!
E não me deixam dormir...

E ecoam do jazigo, teus sonhos!
E muito se abrem todos assim!
São como pesadelos medonhos,
Que riem, e zombam de mim...

(® tanatus – 27/12/2002)


 
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tanatus
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/05/2009 20:36  Atualizado: 25/05/2009 20:37
 Re: À Sombra da Eternidade
Gosto de ler-te...
Me indentifico com seus lamentos...
Faz-me ver o que está atrás desses versos...Quem está...É estranho essa sensação...

Parabens!Embora triste,sinto que o sente quando escreve e que sofre ao fazer isso,mas que se liberta também,,,
Porém hoje me fizeste chorar...

Beijinhos carinhosos!
Rosa


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/06/2009 17:32  Atualizado: 21/06/2009 17:32
 Re: À Sombra da Eternidade
Ah, insanos murmurios, em frenesi, somente a dor persiste neste belo poema.