O bardo
Venho da Escócia antiga
onde nasci bem felizardo:
não se espante, sou Bardo.
...
Trago umas velhas cantigas,
fragmentos/nacos de versos,
muitos sonhos em poesias,
recolhidos pelo Universo.
Embalo tudo em melodia
que canta nossa Natureza.
Louvo o amor/canto da terra,
e a Paz em tempo de guerra.
Vou andando de reino em reino,
feito um romanceiro sereno -
em recados de boa harmonia.
... Ah, eu tardo... Já parto.
Fiquem no aguardo:
Levo comigo a Alegria,
mas volto num outro dia...
Silvia Regina Costa Lima
29 de abril de 2009
Publicado no Recanto das Letras em 07/05/2009
Código do texto: T1581787
http://recantodasletras.uol.com.br/poesias/1581787**************************
Sobre os bardos:
Um bardo, na história antiga da Europa, era uma pessoa encarregada de transmitir as histórias, as lendas e poemas de forma oral, cantando a história de seus povos em poemas recitados. Era simultaneamente músico e poeta e, mais tarde, seria designado de trovador. É a principal raiz da música tradicional irlandesa e escocesa.
Bardos são cantores e contadores de histórias natos. Geralmente eram bons músicos, fosse na forma do canto ou das notas de seu instrumento ou ainda bons atores ou artistas plásticos. Mas também, através da historias que conheciam dos contatos sociais que possuíam, também eram valiosissimas fontes de informação, levando noticias de reino em reino, como um correio vivo.
Um bardo podia transformar sua música ou poesia numa fonte de magia, usando-a para invocar magias arcanas. Porem, devido a versatilidade da classe, algumas dessas magias acabavam imitando efeitos exclusivos de magias divinas, como o poder da cura. Quando existia a possibilidade de causar dano assim, o bardo usava instrumentos musicais como armas. Como é um viajante por natureza, usa instrumentos leves, como harpas, badolins ou flautas.
Curiosidades: Jogral, Menestrel ou Bardo, e Trovador
Jogral, na lírica medieval, era o artista profissional, de origem popular (vilão, ou seja, não pertencendo à nobreza), que geralmente cantava ou tocava instrumentos musicais, como o alaúde ou a cítara. Alguns jograis compunham também as suas próprias melodias e poemas.
Menestrel, na Europa medieval era o poeta bardo cuja performance lírica referia a histórias de lugares distantes ou sobre eventos históricos reais ou imaginários. Embora criassem seus próprios contos, freqüentemente memorizavam e floreavam obras de outros. À medida que as cortes foram ficando mais sofisticadas, os menestréis eram substituídos por trovadores, e vários deles tornaram-se errantes, apresentando-se para a população comum, tornado assim os divulgadores das obras de outros autores.
Trovador, na lírica medieval, era o artista de origem nobre do sul da França que, geralmente acompanhado de instrumentos musicais, como o alaúde ou a cítara, compunha e entoava cantigas.
Normalmente, os trovadores eram homens, mas houve trovadoras (em provençal ou occitano trobairitz), também nobres. Suas correspondentes nas classes inferiores eram as jogralesas (joglaresses em provençal).