Corações apaixonados não têm cores.
Não são rosas, brancos ou azuis.
São de cores profanas indescritas.
Multicores suaves, as mais bonitas!
Apaixonados são corações nobres
De brasões, espadas e escudos.
Homem rico e mulher pobre,
Bem falante, cego ou mudo.
Corações apaixonados
São um não respirar de sobrevivência
Ou um suspirar de maldosa inocência.
São menino e menina... numa razão inconstrita .
Menina em feitio de mulher,
Homem feito que vira criança.
Cicatrizes que serão tão profundas,
Gravadas em eterna lembrança.
São velhos que viram moços,
São meninos se tornando adultos.
Cometem os erros mais graves
E do amor fazem seus indultos.
Corações apaixonados são enfim
Os donos da mais pura verdade.
São razões plenamente indescritas,
Superpõem sobejamente a realidade.
Para eles não há barreira,
Preconceito ou incompreensão.
O maior dos problemas é simples,
Suportado no alicerce da paixão.
Há cheiro de perfume no ar,
Jardim de flores em profusão.
Há música em voz a cantar,
Há lua e estrelas... num maravilhoso turbilhão.
Os dias serão sempre azuis.
Tempestades terão som de romances.
Ofuscados defeitos reluzem,
O brunir das falhas trarão nuances.
Corações apaixonados são bobos.
Festival de cores e matizes.
Tocam músicas, sinos... são tão tolos,
Apaixonados são corações felizes!
(Por: Marcos Woyames de Albuquerque)