Nestas trevas que enlutam a natureza
Centenários ciprestes escurecem cemitérios
Onde ouço vozes sinistras com estranheza
Que às vezes ninguém leva muito a sério
Almas que penam nas noites bem escuras
Tenham piedade de mim que sou vivente
Por favor, não me tragam mais amarguras
Do que estas que eu tenho diariamente
Já perdi meu galardão da fé mais pura
Esperanças frustradas desta pobre criatura
Que já não crê no amor em sua caminhada
Voltem, então, sombras vãs ao fogo eterno
Será que é aqui no mundo o nosso inferno
E depois que morrermos não haverá mais nada?
jmd/Maringá, 22.05.09
verde