Prosas Poéticas : 

Ao largo...

 
Ao largo do amor ainda cantam as bocas, ao largo do amor ainda se me cansam as mãos em carícias, ainda se me enxugam as lágrimas, ainda se me ecoam os sorrisos... ao largo a saudade a buscar-me e a procurar-me nas entrelinhas de um texto escrito a sangue pelo destino, ao largo do amor a saudade, ao largo do sangue a vida, ao teu largo o meu redor compreendido.

Morrem-me ao largo do amor as mãos congeladas pelo frio da ausência, morrem-me os dedos que entrelaçaste nos teus vezes sem conta, morrem-me as carícias não dadas ao largo do tempo em que as demos, cantam-se músicas ao largo do amor, a saudade...

Ao largo do amor ainda os beijos a darem-se como antes, ainda a tristeza a ser morta nos abraços repentinos que a distância não deixa que se findem... ao largo do amor ainda amor a morrer-se nas esquinas da falta contra as paredes da saudade.

Faz-te ao largo deste largo do amor... faz-te ao perto!



Open in new window


. façam de conta que eu não estive cá .

 
Autor
Margarete
Autor
 
Texto
Data
Leituras
1407
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Junior A.
Publicado: 30/05/2007 12:20  Atualizado: 30/05/2007 12:20
Colaborador
Usuário desde: 22/02/2006
Localidade: Mg
Mensagens: 890
 Re: Ao largo...
"Faz-te ao largo deste largo do amor... faz-te ao perto!"

A alma então indaga?
Seríamos nós os distantes deste largo?
Relatando apenas os refugos,
Daquilo que exala segundo o gosto,
Que a alma, tansa, compulsa ao perpassar
dos dias.

Ou seria o ser amado ao largo(distante) em meio ao largo(praça) do amor que jamais se torna tal, pois nos falta o ser amado.

Se terminas o poema assim: ..., logo !

Demonstras que gritas, que tentas alcançar aquilo que se vai distante.

Mui bueno Poetisa.