As lágrimas correm salgadas
a musica espalha-se pela noite
um abandono ao luar
as lágrimas continuam apressadas
pelo meu corpo adormecido
os soluços
rompem
no peito
o silêncio
e o sal na pele-desinteresse-querer adormecer
e não acordar.
Amanhã tem que haver Sol!
Arranquei a única flor do jardim
as lágrimas brotam
e
deslizam agora,
sem medo.
Mas ainda não me libertei.
Sinto-me calada
fechada
a rebentar
vazia
e a transbordar
triste
com vontade de partir.
AnaMar