Prefácios : 

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Ficando anónima a obra, o que sobra? Poderia continuar a fazer este Prefácio mas, mau seria não poder dizer ou escrever “Tenho mais que fazer”. Tendo mais que fazer, sempre o posso fazer, como? Mesmo já não pretendendo publicar a autora anónima, poderia fazer “Prefácio”. Antes da face do nada, um vazio vadio passeia e premeia este autor “em torno, no centro” onde a criação é uma criança, uma brincadeira a dançar no palco onde “descalço as botas” num dançar nu a avançar do sonho onde dança sombra, sobra a obra por fazer.
Por fazer o que faço, faço o que faço, escrevo sobre o que farei se fizer. O que faço é tão importante que, se o não fizesse, o que fiz não estará feito? O sentimento secreto das coisas, uma alma de pedra, o núcleo dum íman funcionando no coração dum campo eléctrico, um óvni sem asas, um disco voador com forma de quadrado, um lagarto ao sol, praia deserta e uma onda lenta a deslizar na praia. Deserto, abandono este parágrafo.
Tento escrever como escreve a anónima autora, sabendo como é impossível ser original imitando um original. Invejo-a, não a publico. Não hoje, amanhã – talvez? Tal vez há-de chegar, assim ela continue a escrever. Por enquanto, eu deixo-me discorrer mas… deixo de escrever.

Não percebi como se responde aos pedidos de amizade, amizade... Abraços!!
 
Autor
FranciscoCoimbra
 
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Enviado por Tópico
Zélia Nicolodi
Publicado: 21/05/2009 14:07  Atualizado: 21/05/2009 14:07
Colaborador
Usuário desde: 18/01/2008
Localidade: Curitiba - PR.
Mensagens: 983
 Re: 03
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...ser original imitando um original!

Uma piada...Se for anônima, pior ainda...


Vou continuar pensando...

Que bom ve-lo aqui, Francisco!

Beijos de luz e o meu carinho...

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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 21/05/2009 17:54  Atualizado: 21/05/2009 17:54
 Re: 03
"Antes da face do nada, um vazio vadio passeia e premeia este autor “em torno, no centro” onde a criação é uma criança..."

Gostei muito desta parte em que te predispões a escrever sobre um nada que parece existir no vazio, mas que está sempre presente. Focarmo-nos no centro...talvez

Beijos


Dolores