Previu a luminosa espiral que o atraía
Quase engraçadamente se amedrontou
Do vórtice dum futuro vindouro liberto -
Mas pra que por que temer gafanhoto?
Que dirá tua derrota?
De tua vida falha?
Da tua barba maltrapilha?
Quem entende ainda a simplicidade?
Poderás sempre mudar erro em abraço
Mas teme porquê sabe que breve acaba
O carroussel machuca entre roseiras
De pele sangue suor nutro cada cena
Sacoleiras e pacotões do amor rosa
Tanto tão destoante combinando-se.
Quero conhecer o mundo em que vivo
Vou à pé me conhecer o eu sem eu
O eu que sou todos alma do mundo
Vem saudade nostalgia boa alegria
Na despedida afoita uma lágrima
Quero sonhar realidade filhos meus
Saltar ao bonde andando da bondade.