Não me importa os rios sujos
Os esgotos invadindo a rua
As árvores morrendo à míngua
O dióxido de carbono
A poluição que flutua
As fábricas regurgitando
O solo desmoronando
Eu vou morar na Lua.
Não me importa a calamidade
Que possa sofrer a Terra
Não importa a moléstia
Nem a minha
Nem a tua
O ar pode estar infesto
De pedófilos, de incesto
Porque eu vou morar na Lua
Aqui não há mais concerto
Embora eu tenha respeito
Estou no mundo da Lua.
JOEL DE SÁ
SP, 19/05/2009.