Você me descobriu, e me traduzo no verbo descobrir.
Numa procissão de círios acuados, pálidos, apagados e desativados...
Acendestes a dor de meus esquecidos lampiões...não se chamuscou...se iluminou.
Você...não sei se passa ou se fica ou me traça.
Você veio distraída, disfarçando...machucando.
Turvo de paixão...
Sombrio de solidão...
Pisou em cicatrizes que virou raízes sem você querer...
Você foi meu riso recuperado, minha canção enladata.
Eu, que era singular me fizestes plural, para ter condições, opções e de volta ao singular.
Você...não sei se fica...se é alegria ou tristeza...
Você que se fez fiadora de mim.
Pra você me fiz homem, o melhor de mim.
Fiz o meu melhor ensaio e representei na esperança de vê-la sentada na primeira fila.
Neturno....