instantes
ilusões serenas
sedeadas no manto diáfano do tempo
rompem manhãs de memórias
em devaneios opacos de razão
instantes
trocos, que a vida dá
pela essência da alma, nua
despudorada, renascente
que por instantes
esquece
que o instante
hábil, fenece
em ontem
escasso e débil
instantes
prelúdios do provir
anseios tresloucados de sentir
deleitosos, em artes ousadas
nem sempre de razão
nem sempre são
o que são
instantes
rasgos da vida
cosidos no tempo
segredos levados
de desejos tragados
pela mão da razão
instantes
quais os teus?
ruisantos