Cozinham-se os sentidos
Em panela de ferro velho
De tão velho, já está gasto
Parece pingarelho
Amassam-se as ideias
Em alguidar de zinco
Carcomido pelo zebre
Da ganância, pelo alheio
Em primeira instância
Colam-se os verbos pelo meio
De papo cheio
Caem palavras podres
Como o candeio
Os pobres em devaneio
Tentam sarar cicatrizes
Cansados, irados
Apenas infelizes
Palavras sem importância
Simbolismo negativo
Que enfrenta o mundo
De olhar altivo
Ao sabor do egoísmo
Ou será
Do egocentrismo.
Poetamaldito
Transeunte na miragem