Nada mais fará sentido do que o que se escreve não seja susceptível à critica e por consequência à discussão!
ao critico cabe a tarefa de interrogar por vezes como niilista de absorver o que fora escrito, saber dirigir o verdadeiro sentido da critica sem cometer ele mesmo o erro de criticar-se, mas sim, ser totalmente honesto pelo que vai criticar.
preciso lembrar a coragem do critico pois , verifica-se uma barreira ténue entre o critico e o autor com tendência para se misturarem conflituosamente.
todo o critico deve ser calculista , assertivo e, não mais importante, transmitir segurança do que critica, é imperativo que assim o seja.
também cabe ao critico o reconhecimento pela obra do autor e a sua rendição voluntária! não forçada.
por vezes devido à aproximação entre critico e autor todo o trabalho pode estar posto em causa devido à sua fidedignidade.
reconhecido o talento do autor cabe ao critico dar brilho à obra,o seu dever depois de "beber" as palavras deve e usando a expressão " beijar o rasto das pantufas" enaltecer a obra.
o método da critica divide-se em duas formas embora com a mesma finalidade sao completamente distintas : a analise e a intesse.
a analise consiste em dividir, criticando a obra fragmento por fragmento.
a síntese consiste em criticar a obra como um todo.
o autor perante o critico deve se manter receptivo, contudo desconfiado.
por vezes deve recorrer à ginástica mental, ou seja, afastar-se de si, para visualizar a obra como um simples apreciador da arte.
deve o autor ter sempre em mente " enquanto o lobo critica o cordeiro, come-o" porque admira a carne e os ossos.
a desconfiança do autor evita ser engolido pelo critico.
as discussões devem ser como as "paixões" boas e más.
é o dever das discussões corrigir defeitos, mal entendidos, valorizar o bom pela via dos princípios éticos/morais, para depois podermos tirar um rendimento cultural aceitável, a favor do que foi criticado em relação à obra.
Aglutinemos nossas almas, talvez possamos dar um pouco de alegria à nossa infindável tristeza.